segunda-feira, dezembro 08, 2014

Festival independente aposta na produção colaborativa e contribui para o desenvolvimento da dança na América Latina




Por Alê Barreto
alebarreto@gmail.com


Cresce a cada dia o compartilhamento de informações sobre quem resolveu encarar o desafio de começar sem patrocínio, apostando na produção colaborativa. Não estou louvando a dificuldade. Pelo contrário. Sei muito bem o que é ter que trabalhar quase sem recursos ou totalmente sem recursos. Também não estou estimulando uma forma de trabalho coletivo disseminado no Brasil, em que uma maioria trabalha para o crescimento de alguns.


Para mim, as experiências colaborativas apontam para novas formas de organização, as quais quando se desenvolvem, se profissionalizam, mostram que é sempre melhor trabalhar com planejamento e gente preparada do que improvisar.

Mas independente que uma prática seja de longa data ou nova, que seja mais ou menos profissional,  que tenha dado muitos ou poucos resultados, é muito importante o processo de aprendizado que cada pessoa constrói quando se lança a realizar algo que a maioria dos acomodados à sua volta diz ser impossível. E incomoda muita gente ver que conseguimos, com coragem e organização (atenção, só coragem não basta, tem que ter organização), realizar.

Sugiro a leitura da matéria "Mochileiros da dança ocupam São Paulo" que descreve como a atitude da cultura dos mochileiros, também conhecidos no mundo como backpackers, foi utilizada para dar vida ao Dança à Deriva - 2a. Mostra Latino-Americana de Dança Contemporânea.

Reforço: a sugestão de leitura não é para dizer que é ótimo trabalhar com pouco ou nenhum recurso financeiro. Dá muito trabalho e nem sempre as pessoas estão preparadas para organizar ou participar de um evento nestas condições. O que acho fundamental é pensar que vale à pena pensar em como articular e mobilizar recursos, que muitas vezes estão próximos a nós e não utilizamos.

Parabéns a Solange Borelli, produtora do evento, a todos que trabalharam nele e aos grupos Tercer Piso e Colectivo La Perforadora (Colômbia), ao grupo La Santa Chochera (Costa Rica) e ao Colectivo Passion Red formado pelo colombiano Julian Yopasá, a austríaca Barbara Mair e a alemã Selina Glockner.

Leia a matéria na íntegra

Blog do festival




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Alexandre Barreto, mais conhecido como “Alê Barreto”, criador do conceito, blog, marca e do programa formativo "Produtor Cultural Independente", possui duas características que marcam seu perfil. A primeira é que tornou-se um profissional multifuncional. Desafiando o paradigma de que uma carreira precisa obrigatoriamente ser focada, acredita na diversidade. É administrador de empresas, gestor cultural, gestor de pessoas, gerente de projetos, empresário artístico, produtor executivo, consultor, criador de conteúdo, professor e palestrante, entre outras coisas. 
Concluiu o curso MBA em Gestão Cultural na Universidade Cândido Mendes (RJ) e está finalizando sua monografia sobre carreira artística com a orientação da consultora Eliane Costa.

Atualmente é um dos gestores do Grupo Nós do Morro no Rio de Janeiro, associação cultural sem fins lucrativos cuja missão é oferecer acesso à arte no Vidigal.

A segunda característica é que adora novos desafios.

+55 21 97627 0690  alebarreto@gmail.com

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