Por Alê Barreto *
alebarreto@gmail.com
Um orçamento de um projeto, após ser enviado para um edital, passa, no mínimo, por duas análises:
- análise técnica: nesta etapa, como já diz o nome, a comissão organizadora verifica se existem erros técnicos.
- análise do mérito: os projetos que não tenham erros técnicos em seus orçamentos e nenhum erro nas demais partes integrantes do projeto, passam para uma análise de mérito.
O que está ao nosso alcance é preparar um orçamento que esteja tecnicamente correto.
Aí vão algumas dicas.
Trabalhe com tempo
Saia da mania nacional de na segunda gritar para todo mundo " o edital encerra sexta!".
Todos os meses, todos anos, editais estão encerrando. E todos os meses e todos os dias editais estão abrindo.
O ideal é planejar um orçamento com pelo menos 20 dias. Quem tem prática, pode baixar para 10 dias. Quem tem muita prática, pode trabalhar com menos dias.
Faça antes um cronograma de ações e depois orce os serviços
Primeiro a gente pensa as necessidades de produção, depois a gente faz o orçamento.
Evite outra mania nacional (aliás, muito forte aqui no Rio de Janeiro) que é a de uma pessoa escrever o texto dos objetivos e justificativa, outra fazer o cronograma e outra fazer o orçamento. Isso tem muita chance de dar errado.
Cronograma de ações aponta o que vai acontecer e quais são as necessidades de produção. Sabendo as necessidades de produção, diminue a chance de esquecer algum item no orçamento.
Trabalhe com valores concretos
Estimar valores é tarefa para quem tem muita prática com orçamento. Procure sempre solicitar orçamento de produtos e serviços e com base nestes orçamentos construa a planilha geral de orçamento do projeto.
Impostos
Sempre que se contrata pessoas físicas, existe recolhimento de impostos. Consulte a legislação vigente.
Direitos autorais
Exibições e execuções públicas de obras artísticas geram a obrigação de pagamento de direitos autorais.
Limites de valores estabelecidos pelos editais
Os editais geralmente estabelecem limites de valores para os projetos e quanto por cento pode ser investido em comunicação, gastos administrativos, etc. Leia com atenção os editais.
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* Alexandre Barreto, mais conhecido como “Alê Barreto”, é um profissional multifuncional. Administrador de empresas, diretor de produção e produtor executivo, possui competências tanto para organização de eventos e direção de produção como para planejamento, gerenciamento e execução de projetos culturais, sociais e corporativos. Sua ação pioneira de compartilhar suas experiências práticas têm contribuído para a organização e desenvolvimento de setores criativos brasileiros. Criador do blog “Produtor Cultural Independente”, ativo desde 2006, possui diversos textos citados e recomendados em publicações do SEBRAE e em trabalhos de graduação e pós-graduação.
Seu livro "Aprenda a Organizar um Show", primeiro método sobre produção executiva de shows publicado em língua portuguesa na internet, já foi acessado por mais de 22.000 pessoas e rendeu-lhe convite para cursos, palestras e consultorias em várias cidades do Brasil e a indicação em 2013 ao Prêmio Dynamite de Música Independente (SP).
Um comentário:
Olá, como vai? Eu realmente acredito que o mais trabalhoso é deixar as coisas do jeito que é obrigatório. Existiria, por acaso algum modelo de projeto aprovado por edital? obrigado
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