sexta-feira, agosto 25, 2017

Sua carreira possui um ritmo próprio e existe a possibilidade de mudar este ritmo





Por Alexandre Barreto *



A busca do sucesso na carreira profissional, de diferentes tipos e modelos, para a maior parte da população ainda significa ter um sucesso similar ao da carreira tradicional. E para tal, muitas pessoas abrem mão de sua qualidade de vida. Esta situação vem se agravando no mundo e também no Brasil, onde poucos executivos estão satisfeitos com sua qualidade de vida. E isso não parece ser um fenômeno restrito somente às carreiras das profissões de gestão. 

A matéria “Brasil é o segundo país mais estressado do mundo”, publicada no portal G1, mostra que a população brasileira é a segunda mais estressada do mundo, que só perde para a população japonesa e que o trabalho é umas das principais causas. As jornadas excessivas de trabalho são apontadas pela psicóloga Ana Maria Rossi como um dos fatores que contribuem para isso.

“[...] A longa jornada de trabalho está afetando diretamente o estilo e a qualidade de vida das pessoas. As pessoas têm menos tempo. O dia continua tendo 24 horas, mas a média está sendo de 12 horas de trabalho por dia” (ROSSI, 2010 apud MARCHETTI, 2010, p. 1).

Busca-se muitas vezes justificar as longas jornadas com noção de que trabalhar muito seria o caminho para se “atingir o sucesso na carreira”. A equação “mais trabalho igual a maior geração de fluxo econômico” está intrinsecamente ligada a visão de desenvolvimento somente baseada no crescimento econômico, que é medido pelo índice do PIB (Produto Interno Bruto) do país. A esta visão vem se contrapondo outras. O artigo “PIB, conceito ultrapassado” nos dá um bom exemplo disso. Fala sobre a pesquisa “Indicadores de Progresso Social 2014” realizada em 132 países por iniciativa da ONG Social Progress Imperative. Mostra que a pesquisa é fruto de um “[...] apelo mundial para irmos além do PIB, lançado neste sentido há alguns anos por Joseph Stiglitz, Amartya Sen e Jean-Paul Fitoussi” e mostra que os Estados Unidos “[...] com um PIB quatro vezes e meia maior do que o Brasil” apresenta um indicador de saúde e de bem estar“[...] significativamente pior do que o Brasil” (DOWBOR, 2014, p. 1). Independente da geração da qual um profissional faça parte, se tem maior ou menor facilidade de lidar com as novas tecnologias de informação e comunicação, se tem habilidades para ser mais especialista ou mais generalista, há um limite biológico para o ritmo de vida. 

Os discursos de que o tempo “parece estar menor”, que tudo “precisa ser mais rápido”, de que “se está atrasado”, de que “é preciso estar conectado o tempo todo a tudo”, de prontidão para atender assuntos de trabalho se tornam a cada dia uma espécie de conjuntos de “regras” a serem cumpridas. O “culto a velocidade” torna-se um obstáculo para que os profissionais percebam que sua carreira possui um ritmo próprio e que existe a possibilidade de mudar este ritmo.


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* Alexandre Barreto é administrador pela Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EAD/UFRGS) e MBA em Gestão Cultural pela Universidade Cândido Mendes (RJ) . Empreendedor que dissemina conhecimentos e atua em redes para promover mudanças. Escreveu os livros Aprenda a Organizar um Show e Carreira Artística e Criativa
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