sexta-feira, maio 25, 2012

Vamos educar as pessoas para as mídias?


Trailer do filme "Wag the Dog" (Mera coincidência)





Por Alê Barreto*
alebarreto@gmail.com


Se tem um assunto que os produtores culturais podem atuar é na questão da alfabetização para as mídias. No meio urbano, onde mora a maior parte da população, o tempo todo recebemos estímulos: celular, tv, rádio, outdoors, jornais, revistas. Você tem certeza que está entendendo as mensagens que estão chegando até você?

Realizar projetos de educação para as mídias contribui muito para que as pessoas entendam como são formados os consensos, os sensos comuns, os clichês, os estereótipos, as opiniões de massa, os gostos e até os valores. Isso empodera as pessoas. Faz com que elas percebam que podem ser mídia também.

Três sugestões para ações em projetos culturais:

- trabalhar o analfabetismo visual (habilidade para interpretar o simbolismo das imagens visuais estáticas ou em movimento e entender seus impactos na audiência);

- trabalhar o analfabetismo midiático (habilidade para entender como os meios de comunicação de massa, como TV, cinema, rádio e jornais trabalham na produção de significações e como estão organizados);

- trabalhar a leitura crítica da mídia (habilidade para entender como apresentadores, escritores e produtores de textos e conteúdos audiovisuais integram contextos particulares e são influenciados por aspectos pessoais, sociais e culturais).

Esta sugestão de ação foi elaborada a partir do texto "Alfabetização para as mídias: como ler o que não está escrito"revista Mídia Com Democracia, 1, janeiro de 2006.




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Alê Barreto é formado em Administração com Ênfase em Marketing pela Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do SulSuas competências profissionais vem sendo construídas através da experiência com artistas independentes, coletivos de arte (Coletivo Tarrafa e Bataclã FC), movimentos sociais (Software LivreFórum Social Mundial), eventos (Opus Promoções), shows nacionais (Acústico MTV Bandas Gaúchas), shows internacionais (Avril LavigneSteel Pulse), festivais (Claro que é Rock, "IBest Rock", Live n´ Louder), grupos culturais (Nós do MorroInstituto Ensaio Aberto), espetáculos de teatro (Os Dois Cavalheiros de VeronaMachado a 3x4 e Missa dos Quilombos), projetos sociais (Sistematização de Experiências de prevenção à violência contra jovens de espaços popularesRebelião CulturalNós do Morro 20 Anos), redes (Rede Acreana de CulturaRedes e Agentes Culturais das Favelas Cariocas), atividades formativas (Aprenda a Organizar um ShowAprenda a Produzir um Artistaaula na SP Escola de TeatroPresença Digital SaudávelPrograma Produtor Cultural IndependenteSemana de Gestão e Políticas Culturais), espaços de discussão e reflexão (Música e AçãoObservatório Criativo), OSCIP (Observatório de Favelas) e gestão de carreiras artísticas (foi empresário da banda banda Pata de Elefante em 2007 e um dos produtores executivos do disco "Um olho no fósforo, outro na fagulha", um dos melhores discos de 2008, segundo a revista Rolling Stone Brasil).
Escreve com frequência no blog Produtor Cultural Independente, canal de disseminação de informações (saiba mais), é autor do livro "Aprenda a Organizar um Show", colunista da revista Fazer e Vender Cultura e possui diversos textos recomendados na página de cultura e entretenimento do SEBRAE e em trabalhos de graduação e pós-graduação.
Desde de 2010 é aluno do Programa de Estudos Culturais e Sociais da Universidade Cândido Mendes, onde cursa a pós-graduação MBA em Gestão Cultural.

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Alê Barreto é cliente do Itaú.

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