sábado, setembro 10, 2011

Mídia: veículos de comunicação criam novas formas de relacionamento com seus públicos





Por Alê Barreto*
alebarreto@gmail.com


A música deve ser gratuita ou paga? Este debate se tornou uma verdadeira "febre". E muita gente tem utilizado o debate para os mais devidos fins. Novas gerações de artistas que buscam aproveitar as facilidades das novas tecnologias de informação e comunicação, enxergam com bons olhos a circulação gratuita de música na rede. Compositores, editores, gravadoras e distribuidoras e profissionais da cadeia produtiva da música que viveram o apogeu da venda do fonograma (arquivo de música gravada), principalmente nas décadas de 80 e 90, acham que isso um absurdo. Eu respeito ambas as posições, pois cada pessoa que argumenta e defende a sua tese, defende o que acredita.

Me veio à mente, neste instante, uma passagem do livro que estou lendo. Vou pegar. Pronto, já estou com o livro em mãos. Na página 50 do "Jangada Digital", de Eliane Costa, ela cita que em agosto de 2004, Gilberto Gil foi entrevistado pelo jornal Folha de São Paulo (achei a entrevista na íntegra, clique aqui) e questionado se sendo um defensor do software livre não seria contraditório estar iniciando um turnê patrocinada pela Microsoft. Gil respondeu:

"Não vejo incompatibilidade nenhuma. Um está de um lado, o outro, do outro. A Microsoft faz software proprietário, vai ser vendido. O software livre é o software livre. Um está interessado em vender. O outro, interessado em dar. Não vejo problema. Acho que podem conviver, acho que devem. Quem quer dar de graça não pode tirar liberdade de quem quer vender. E quem quer vender não pode tirar liberdade de quem quer dar de graça".

Acredito que a possibilidade de produção e circulação livre não significa o fim da comercialização de conteúdo. E mais: o fim do modelo antigo de comunicação, baseado na exclusividade e baixo número de opções está estimulando os veículos de comunicação a criarem novas formas de relacionamento com seus públicos. Com a necessidade constante de cativar a atenção do público, os veículos de comunicação tem investido mais em qualidade, profissionalização, tem qualificado mais seus colaboradores e tem atendido melhor os seus públicos. Vamos testar se isso é verdade?

Vamos analisar o Jornal Destak. Segundo informações contidas no site do jornal, trata-se do

"Primeiro jornal de distribuição gratuita e grande circulação do país, o Destak foi lançado em 06 de julho de 2006, em São Paulo, com a missão de atender a um público exigente e sem tempo a perder, que busca informação concisa, mas completa. Feito para ser lido em meia hora, nas páginas do Destak estão as principais notícias do dia, apresentadas de modo claro e objetivo, com alta qualidade gráfica e editorial.

O jornal é fruto de uma parceria entre o empresário André Jordan e a Cofina, maior grupo de mídia impressa de Portugal, cotado na Bolsa de Lisboa, líder no segmento de jornais e revistas, com 24 títulos publicados no país.

Com uma equipe editorial experiente, o Destak obedece aos melhores padrões éticos e técnicos do jornalismo e, portanto, tem um compromisso absoluto com a veracidade do que publica, sem sujeitar-se a qualquer influência que não seja a busca do bem público e o interesse dos seus leitores.

A qualidade do Destak atraiu um público leitor fiel, formado principalmente por jovens, economicamente ativos e essencialmente urbanos. O sucesso na capital paulista levou ao lançamento de uma edição no Rio de Janeiro em 7 de julho de 2008 e a praça de Brasília em 21 de Maio de 2010. Os 100 mil exemplares que circulam no Rio se somam aos 150 mil publicados em São Paulo e os 40.000 de Brasília, juntos totalizam uma tiragem de 290 mil exemplares de segunda a sexta-feira".


Minha opinião como leitor: achei muito inteligente a decisão de oferecerem informação gratuita e concisa na entrada do metrô. Depois do Destak, já surgiram dois outros jornais. Em breve falamos deles.

Oferecer leitura para um passageiro de metrô é uma nova forma de relação com o público.


Minha opinião como profissional: até hoje, nunca trabalhei com este jornal. Independente disso, minha expectativa é a melhor possível.



Neste vídeo o jornal divulga que "o jornal DESTAK especializa-se em encontrar
soluções criativas e diferenciadas, que acrescentam valor à sua marca. Acreditamos no poder da diferenciação e no profissionalismo"
.

Vou enviar um e-mail para todos os endereços que o jornal disponibiliza no link "Fale conosco" de seu site, que são:

Para falar com a redação: redacao@destakjornal.com.br
Para enviar mensagem à seção de cartas: leitor@destakjornal.com.br
Para publicar anúncios e falar com o Dept. Comercial: comercial@destakjornal.com.br
Demais questões: destak@destakjornal.com.br

Terei o maior prazer de compartilhar com os leitores deste blog, estudantes e profissionais que atuam em arte, comunicação, cultura e entretenimento, de que forma podem interagir com este veículo de comunicação.


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* Alê Barreto é um administrador e produtor cultural independente. Trabalha com foco na organização e qualificação dos profissionais de arte, comunicação, cultura e entretenimento. É autor do livro Aprenda a Organizar um Show, primeira publicação livre na internet em língua portuguesa sobre produção de shows, escreve para o site Overmundo e para a revista Fazer e Vender Cultura.

Cursa o MBA em Gestão Cultural no Programa de Estudos Culturais e Sociais da Universidade Cândido Mendes. Ministra cursos, oficinas, workshops e palestras. Presta consultoria e assessoria para artistas, produtores, empres e projetos. Reside no Rio de Janeiro.

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Alê Barreto é cliente do Itaú.

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