sexta-feira, abril 01, 2011

Consumo cultural pode ser compreendido a partir da noção de experiência




Por Alê Barreto*
alebarreto@gmail.com


Semana passada conversei com o meu cliente Fábio Neves, músico do Pinho Brasil, que vejo muitas pessoas pensando suas ações no mercado preocupados apenas com a produção, distribuição e comercialização. Raramente ouço alguém falar sobre consumo nas áreas de produção e gestão cultural. Decidimos estudar o assunto.

Fábio deu o pontapé inicial. Nesta semana publicou em seu blog um post chamado "Experiência cultural: quais marcaram sua vida?". Nele Fábio fala sobre a troca que envolve o público e o artista e selecionou um vídeo muito interessante: 13.500 pessoas cantando na Trafalgar Square em Londres.

Hoje eu vou começar a falar sobre experiência também. Como minha formação é administração com ênfase em marketing, escolhi começar por este caminho.

Vejamos um pequeno trecho do texto postado no blog "Mundo do Marketing" (http://www.mundodomarketing.com.br) em 06/08/2009:

[início da citação]

"O Marketing de Experiências é a caracterização mais adequada ao tipo de relacionamento que começa a acontecer entre muitas empresas e seus clientes. Trata-se de um tipo de marketing no qual o cliente é convidado a viver uma experiência positiva em contato com o produto, os serviços, o ambiente e, principalmente, com as pessoas, pois o conceito de experiência está relacionado com sensações humanas. É conceito relativamente novo no Brasil, tendo sido já bastante utilizado em países como a Inglaterra, os EUA, França, Bélgica, Portugal, Alemanha, Japão, Austrália, dentre outros.

Segundo Brian Leavy, da Dublin University - Irlanda, Marketing de Experiência significa compartilhar alguma coisa com os consumidores. A mais importante idéia sobre o futuro da competição é a noção de que no mundo dos negócios a criação de valor vai acontecer de forma interativa, numa ação compartilhada entre empresas e clientes, muito mais do que na realização de simples trocas. Brian afirma, ainda, que as relações estão evoluindo de um foco nas empresas e nos produtos para um foco no cliente e na criação de experiências".


[fim da citação]

Questões para provocarmos nosso raciocínio:

- "relacionamento entre empresas e clientes" pode nas áreas de arte, comunicação, cultura e entretenimento ser pensado como "relacionamento entre artista e público"?

- de que forma podemos pensar produtos e serviços culturais que despertem a atenção pelo valor gerado pela sua interatividade?


Vamos pensar sobre isso? Assista o vídeo acima e veja que experiência interessante criada para um comercial da Volkswagen.


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* Alê Barreto é um administrador e produtor cultural independente. Trabalha com foco na organização e qualificação dos profissionais de arte, comunicação, cultura e entretenimento. É autor do livro Aprenda a Organizar um Show, primeira publicação livre e gratuita no Brasil sobre a tecnologia de produção de shows, escreve para o site Overmundo e para a revista Fazer e Vender Cultura.

Ministra cursos, oficinas, workshops e palestras. Já atuou em capacitação de grupos culturais em parceria com o SEBRAE AC. Presta consultoria e assessoria para artistas, empresas e produtores.

Contato: (21) 7627-0690 Rio de Janeiro - RJ - Brasil




Alê Barreto é cliente do Itaú.


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