segunda-feira, janeiro 31, 2011

O que eu faço da minha vida? Uma pergunta que irá ajudá-lo a entender sua vontade de trabalhar com cultura


Po Bronson in "How to be Creative"


Por Alê Barreto*
alebarreto@gmail.com


Ontem, domingo, você lembrou do seu trabalho? Isso lhe causou stress?

Você não é o único. Segundo Ana Maria Rossi, psicóloga do International Stress Management Association (ISMA-BR), o estresse profissional afeta 69% da população brasileira.

Então é natural que toda vez que você pense sobre o stress em seu trabalho, você pense que trocar de trabalho irá solucionar isso.

O que é mais interessante: fazer uma mudança para diminuir o seu stress ou aproveitar o incômodo para avaliar sua vida como um todo?

PO Bronson, escritor americano que foi garçom, cozinheiro, zelador, instrutor de aeróbica, consultor de litígios, designer de cartões de visita, vendedor de títulos, editor de livros e professor, acredita que o caminho para o sucesso em uma carreira profissional passa pelo interesse de uma pessoa descobrir sua própria identidade. Ao "perceber" quem ela realmente é, irá enxergar com mais clareza os tipos de trabalho que gostará de fazer.

Fácil? Nem tanto. Mudar não é algo simples. Segundo PO Bronson, "(...) nos tempos difíceis, as pessoas geralmente mudam o rumo de suas vidas; nos bons tempos, na maioria das vezes, elas apenas falam em mudança". E esta percepção não é só dele. É de muitos brasileiros também.

De acordo com uma pesquisa feita em São Paulo, Porto Alegre e Belém somente 10% dos entrevistados conseguiram mudar de trabalho ou de carreira. Ana Maria Rossi explica a complexidade do desafio de mudar:

“(...) as pessoas querem mudar de vida porque elas notam que não estão bem, ou que não estão tendo o convívio com os familiares ou o estilo de vida que elas gostariam. Mas elas não querem deixar de ter nada do que elas têm”.

A estas alturas, se você está pensando em ser um profissional que irá trabalhar com arte, comunicação, cultura e entretenimento, talvez tenha ficado em dúvida se sua vontade de mexer com produção cultural é apenas um reflexo de sua vontade de mudar de trabalho ou trata-se da sua intuição impulsionando sua busca pelo desenvolvimento.

PO Bronson, que ouviu cerca de 900 histórias de vida e conheceu intimamente 70 pessoas que mudaram de vida, dá uma boa pista para pensarmos sobre esta questão em seu best-seller "O Que Devo Fazer da Minha Vida?":

"(...) fiquei intrigado com pessoas que descobriram sua verdadeira vocação, ou aqueles que, pelo menos, se dispuseram a tentar. Aquelas que lutaram contra a sedução do dinheiro, da intensidade e da novidade, e superaram a fascinação que eles podem provocar. Aquelas que deixaram o coro para conhecer o som de suas próprias vozes. Nada parecia ser mais corajoso do que assumir a própria identidade e ignorar o discurso que nos diz que devemos ser alguém que não somos".

Não confunda a vontade de estar perto de arte e cultura com a necessidade de trabalhar com produção cultural. São coisas diferentes.

Saiba mais sobre stress no Brasil
Leia também o texto "O que eu faço da minha vida" de Po Bronson


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* Alê Barreto é um administrador que gosta de arte, comunicação, cultura e entretenimento. Compartilha conhecimentos e suas experiências. É um profissional que gosta de planejar e de executar. É autor do livro Aprenda a Organizar um Show, primeira publicação livre e gratuita no Brasil sobre a tecnologia de produção de shows.

Recomenda os cursos da Associação Brasileira de Gestão Cultural, o Programa Petrobras Cultural e os projetos do Itaú Cultural.


21-7627-0690 (Rio de Janeiro)




Alê Barreto é cliente do Itaú.

2 comentários:

DOIDINHA DA SILVA disse...

As vezes penso nisso...
Por exemplo, eu AMO ler e AMARIA trabalhar com PROJETOS DE INCENTIVO A LEITURA....
Como poderia começar aqui no Espirito Santo ?

Alexandre Barreto disse...

Olá Monica,
para os primeiros passos, veja as informações neste link

http://produtorindependente.blogspot.com/2011/01/comecar-fazer-descobra-suas-vocacoes-e.html

Um abraço!
Alê Barreto