quinta-feira, janeiro 13, 2011

Como trabalhar sua presença digital e lidar com o excesso de informação




Por Alê Barreto*


Quem deseja produzir arte, comunicação, cultura e entretenimento, já deve ter se dado conta que a quantidade de informações circulando só aumenta. Para você ter uma ideia da dimensão deste crescimento, veja o seguinte:

"o primeiro grande estudo dedicado unicamente à tarefa de medir quanta informação há no mundo estima que, em 2002, foram produzidos e estocados cinco exabytes (5 bilhões de gigabytes) somente em meios físicos (papel, filme, meios óticos e magnéticos). Isso equivale ao conteúdo de 500 mil bibliotecas do Congresso Nacional dos Estados Unidos, cada uma com 19 milhões de livros e 56 milhões de manuscritos" (trecho do artigo "Em busca do leitor atento" de Paulo Pinheiro Gomes Jr., publicado no livro "Mídia, cultura e contemporaneidade: análise e angulações", organizado por César Steffen e Kenia Pozenato).


Já imaginou o que foi produzido de 2002 para cá? Se não imaginou, pelo menos já deve ter observado que muita gente está com a sensação de estar defasado, desatualizado, com leitura atrasada, frente a oferta de informações que cresce a cada dia.

Sem dúvida, essa "tsnumami" de informações têm alterado nossa rotina. Uns preferem ignorar e acham que irão conseguir escapar disso apenas não participando de redes sociais. Outros acreditam que precisam estar conectados com tudo.

Ter medo da internet e do excesso de informações, baseado em teorias conspiratórias e literatura ficcional, não me parece uma forma saudável de lidar com este novo contexto. Deixar de dar uma boa caminhada e perceber as mudanças no espaço da cidade onde você mora para ficar horas convidando pessoas para fazerem parte do seu perfil do Orkut e de suas comunidades, também não me parece muito atrativo. Nem saudável.

Se você está pensando em fazer um filme, irá querer que alguém assista. Se é um compositor, pensará em gravar sua música e apresentá-la num show. Ao pensar em se comunicar com um determinado público, inevitavelmente você terá que compreender um pouco como funcionam os diferentes fluxos de informação na atualidade.

Três sugestões para trabalhar sua presença digital e lidar com o excesso de informação.


Relevância: é importante mesmo?

Antes de se cadastrar em tudo que aparece na sua frente, acalme-se. Você precisa estar nesta rede social? Tirar tempo de outra atividade de sua vida para alimentar com conteúdos uma determinada rede ou blog vale mesmo à pena?


Ansiedade: medo de parecer incompetente

Uma boa forma de não sofrer com excesso de informação é aceitar que em algum momento, você vai esquecer algo ou não vai ter lido algo que talvez seja importante. Apesar de receber estímulos para estarmos o tempo todo consumindo algum tipo de informação, ninguém vai ler tudo e todo mundo se esquece de algo ou deixa de ler algo.


Presença digital saudável: o que contribui para minha vida

Aprender formas saudáveis de se relacionar com a rede e o excesso de informação pode trazer muita qualidade de vida e desenvolvimento profissional. Comece com pequenos objetivos. Faça perguntas para você mesmo e busque suas respostas. Preciso informar para as pessoas o que estou fazendo o tempo todo? Como fazer uma pesquisa no Google? O Facebook pode ser útil para reencontrar amigos? O Twitter pode me auxiliar a manter clientes atualizados? Um blog pode ser útil para apresentar o conceito de um novo trabalho?

A melhor forma produzirmos uma mudança em nossa vida é aquela em que nos colocamos disponíveis para aprender.


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* Alê Barreto é um administrador que gosta de arte, comunicação, cultura e entretenimento. Compartilha conhecimentos e suas experiências. É um profissional que gosta de planejar e de executar. É autor do livro Aprenda a Organizar um Show, primeira publicação livre e gratuita no Brasil sobre a tecnologia de produção de shows.

Recomenda os cursos da Associação Brasileira de Gestão Cultural, o Programa Petrobras Cultural e os projetos do Itaú Cultural.


21-7627-0690 (Rio de Janeiro)


alebarreto@gmail.com




Alê Barreto é cliente do Itaú.

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