quarta-feira, setembro 29, 2010

Revista ISTOÉ é um bom exemplo de publicação com textos independentes




Por Alê Barreto*


Ser independente, para mim, não é ter ou não dinheiro. Também não é sinônimo de apoiar esta ou aquela corrente política. Muito menos significa ter que participar de alguma associação, festival, ONG ou empresa que utilize a palavra "independente" em sua marca, materiais de divulgação ou conteúdos escritos. Para mim ser independente é uma questão de postura de vida.

A minha visão sobre o que é ser independente é algo que permeia minha vida pessoal e a minha prática profissional. Ser independente é acreditar e batalhar por uma ou várias ideias, consciente de que modismos, consumo excessivo, busca obsessiva pela fama e dinheiro e o fascínio por tudo que aparente ser "novo" são obstáculos que temos que enfrentar no dia a dia no convívio em sociedade.

O escritor americando PO Bronson, na minha opinião, descreve muito bem o que acredito serem pessoas independentes: são "aquelas que deixaram o coro para conhecer o som de suas próprias vozes".

Feito este esclarecimento inicial, gostaria de indicar aos produtores culturais independentes que leiam de vez em quando as revistas semanais que são publicadas em nosso país.

Caso não tenham este hábito e queiram começar, eu acho que começar pela revista ISTOÉ é uma boa iniciativa.

Estou lendo a edição desta semana e gostaria de destacar alguns textos que considero independentes:

- "O ENCONTRO DAS ONDAS" do diretor editorial Carlos José Marques. É independente porque não esconde a opção política. Concordo com ele e afirmo: a democracia não está em risco, a sociedade brasileira não está assombrada pelo autoritarismo, nossas instituições não estão desestabilizadas, mas sim em processo de mudança (necessária) e a opinião pública não é alienada e facilmente manejável.

leia o texto na íntegra

- "BIENAL SOB NOVA LUZ" de Paula Alzugaray. É independente porque não glamouriza a 29ª Bienal e procura apresentar fatos importantes sobre esta ação cultural. Destaco aqui um roteiro sugerido para visitação:



Leia mais

- "VIVEMOS TEMPOS LÍQUIDOS. NADA É PARA DURAR", entrevista de Adriana Prado com o sociólogo polonês Zygmunt Bauman. É independente porque o sociólogo não fala "o mais do mesmo", pelo contrário: sua linguagem simples nos leva a refletir sobre temas contemporâneos complexos presentes em nosso dia a dia e que causam impactos diretos em nossos hábitos culturais e criações artísticas.



Leia a reportagem na íntegra


Por fim, segue o índice com as matérias da edição desta semana. Vale a pena.

A equipe da ISTOÉ está de parabéns pelo conteúdo oferecido. Serve não só para o público em geral, mas como material de pesquisa para produtores culturais independentes.


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* Alê Barreto é administrador, produtor cultural e autor do livro Aprenda a Organizar um Show, primeira publicação disponibilizada de forma livre e gratuita no Brasil sobre a tecnologia de produção de shows. Trabalha novos conceitos e oferece serviços diferenciados para empresas, produtores, grupos culturais e artistas. Divulga reflexões sobre seu processo de trabalho no blog Alê Barreto e valoriza encantadoras mulheres.

21-7627-0690 (Rio de Janeiro)
alebarreto@produtorindependente.com

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