domingo, agosto 22, 2010

José Wilker afirma: "É preconceito fixar a capacidade de produção pela idade"




Por Alê Barreto*


Quando eu era criança, pelo menos criança do ponto de vista cronológico, na década de 80, a televisão era a internet da época. Tudo que queríamos conhecer além dos limites geográficos de nossa cidade vinha através da TV. Mesmo as pessoas que tinham condições financeiras de viajar bastante recebiam a maior parte das informações do mundo através da TV. E não há como pensar em TV no Brasil sem passar pelas cenas de novelas e de atores que marcaram nossa vida através de diferentes personagens.

Lembrei de tudo isso porque hoje recebi pelo twitter uma dica da entrevista "José Wilker: É preconceito fixar a capacidade de produção pela idade", publicada no site da Rede Globo.

Num dos trechos da reportagem, Wilker explica:

"(...) Meu primeiro trabalho foi um caso especial chamado “Crime de Silêncio”, do Dias Gomes, que foi o cara que me levou para a televisão. Eu resistia muito à televisão. O teatro que eu fazia era absolutamente experimental. Via com a cara muito torta a TV. Para você ter uma ideia, a gente ensaiava uma peça três, quatro meses e estreava. E aí você chega na televisão, lê o texto uma vez, eventualmente decora, ensaia uma vez, ensaia mais uma vez com a câmera aberta e grava. É muito rápido tudo. Isso exige de você uma disposição diferente daquela que eu tinha com o teatro. De mais a mais, no teatro, eu fazia aquilo que escolhia fazer: Clarice Lispector, [Bertolt] Brecht, Plínio Marcos, Ariano Suassuna…"

Você acha que esta percepção de um ator sobre as diferenças entre teatro e TV continuam as mesmas?

Reflita sobre isso enquanto lê a matéria na íntegra, na qual este conceituado criador e produtor de cultura fala de múltiplos aspectos de sua carreira. Um depoimento baseado em vivências práticas que traz boas informações para atores que desejam construir uma carreira de longo prazo nas artes performáticas.


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* Alê Barreto é administrador, produtor cultural e autor do livro Aprenda a Organizar um Show, primeira publicação disponibilizada de forma livre e gratuita no Brasil sobre a tecnologia de produção de shows. Trabalha novos conceitos e oferece serviços diferenciados para empresas, produtores, grupos culturais e artistas. Divulga reflexões sobre seu processo de trabalho no blog Alê Barreto e valoriza encantadoras mulheres.

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