segunda-feira, dezembro 21, 2009

Leia a reportagem "A Dança Boêmia do Talento" publicada na Revista Bravo! de dezembro


Imagem do site da Revista Bravo


Alê Barreto (produtor cultural independente)
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Eu gosto da Revista Bravo. Sempre começo pelo texto do João Gabriel de Lima, diretor de redação, na seção "carta do editor".

Na edição de dezembro, a reportagem de capa é "A Dança Boêmia do Talento". Tendo como ponto de partida o livro "A Palavra Pintada", do jornalista americano Tom Wolfe, que visualiza a ascensão de um artista rumo a notoriedade a partir de três etapas distintas, André Nigri, autor da reportagem, apresenta um panorama do mercado na música, cinema, teatro, literatura, artes plásticas, dança e música erudita.

Um aspecto interessante e inteligente da reportagem são os depoimentos de profissionais reconhecidos que falam passagens importantes de suas carreiras.



Foto: João Wainer


Maria Rita, cantora, comenta:

"eu já estava com 24 anos e ainda tinha algumas incertezas quanto ao que fazer da minha vida".




Foto: João Wainer


Fernando Meirelles, cineasta, após ser vaiado, durante a exibição do documentário "Garotos do Subúrbio", e quase apanhar do Clemente, vocalista da banda punk Inocentes, lembra:

"saí do cinema com a fitinha debaixo do braço e uma sensação esquisita de vazio no estômago. Fui para casa reconsiderando minha opção profissional. Então é isso fazer cinema?"



Foto: João Wainer


Deborah Colker, coreógrafa, fala de sua apresentação na abertura do espetáculo do Momix, em 1994:

"Foi de um nervosismo incrível. Dancei o espetáculo inteiro. No final, como eu era a coreógrafa, entrei para agradecer. Eu achava que era impossível dançar naquele palco, que era um símbolo de grandeza. Foi inesquecível. Muita gente não me conhecia. Eu estava voltando a dançar depois de quase dez anos. Era tudo ou nada. Foi ali que eu aconteci".



Foto: João Wainer


Fernanda Torres, atriz, revela que subiu ao palco pela primeira vez em 1983, mas considera que a sua verdadeira estreia ocorreu anos depois, no espetáculo Orlando, da diretora Bia Lessa:

"De repente me vi internada no SESC Tijuca, porque a Bia vinha do teatro do Antunes Filho, que tinha todo aquele rigor e treinamento. Ficamos ali seis meses, lendo o livro, improvisando, cortando. Foi a primeira vez que eu comecei a me entender no teatro. Foi com essa peça que eu fiz minha primeira turnê na vida".




Vale a pena ler a matéria na íntegra, lembrando as recomendações de seu autor:

"(...) Não é autoajuda nem um guia infalível para fazer sucesso. Os caminhos para entrar no mundo da arte são múltiplos, e existe sempre a variável decisiva do talento".

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