Por Alê Barreto*
Em 2007, quando ainda morava no Rio Grande do Sul, peguei emprestado com o meu amigo dMart este livro:
"Webwriting - Pensando o texto para mídia digital", de Bruno Rodrigues. Na época, dMart me falou que era um livro muito bom e que iria me auxiliar a produzir textos para internet. Neste mesmo período, eu peguei uma mania de comprar livros em Sebos (livrarias de livros usados) e fui acumulando vários em meu apartamento. Um dia, me deu uma febre de querer colocar a casa em ordem e uma das coisas que eu fiz foi me desfazer de boa parte dos livros usados.
Um dia dMart me perguntou: "tchê, o Webwriting não está na tua casa"? Estava. Foi um dos livros que mandei para o espaço!
Mesmo não tendo lido o livro, dMart me passou várias orientações contidas no Webwriting durante as sessões de edição do texto de "Aprenda a Organizar um Show".
Me comprometi de comprar um novo livro e devolver para o dMart. Está esgotado. Para minha sorte, este ano sai uma nova edição atualizada.
Enquanto o livro não sai, pago uma parte da dívida divulgando uma ótima notícia que recebi do consultor Bruno Rodrigues.
2010/7/7 Bruno Rodrigues
Prezados,
No final do ano passado fui contratado pelo Ministério do Planejamento (Governo Eletrônico) [ver acima] para desenvolver o padrão brasileiro de redação para a web, mais especificamente a ‘Cartilha de Redação Web’, que ficou pronta este mês e já está disponível em www.governoeletronico.gov.br para todo brasileiro, seja profissional, estudante, empresa, órgão do Governo, acadêmico - ou até curioso- baixar gratuitamente.
Embora seja fruto de minha dedicação de uma década ao estudo do conteúdo online, que já resultou em dois livros e a citação no ‘Dicionário da Comunicação’, tudo é fichinha perto da ‘Cartilha de Redação Web’.
Com a Cartilha, estou colaborando, em escala nacional, para disseminar um conhecimento que se confunde com minha vida profissional e que, tenho certeza, será de grande valia para quem produz conteúdo em português para a web nacional.
Mais que isso, é uma forma direta e objetiva de melhorar a maneira como os sites governamentais oferecem informações e serviços aos cidadãos – foi este, de fato, o grande motivador para a equipe do Governo Eletrônico (e-Gov) criar os ‘Padrões Brasil e-Gov’.
Quanto mais, por exemplo, as equipes dos órgãos do Governo brasileiro dominarem técnicas de redação para a web, mais clara, eficaz e simples será nossa relação com os sites da esfera pública.
Nada do que produzi para o material é teórico, cada item é reflexo de boas práticas de mais de uma década na relação conteúdo e leitor, governo e cidadão. Tudo foi pensado, checado, avaliado e revisto dezenas de vezes.
A Cartilha passou pela visão crítica do Governo Eletrônico e, ao final, foi colocada um mês em consulta pública, para que todo e qualquer brasileiro pudesse dar sua sugestão.
Um ponto fundamental: os documentos produzidos pelo e-Gov não são regras, e sim um conjunto de sugestões de como a web Brasil pode ficar ainda melhor, a começar pelos sites do próprio Governo.
Poucos são os países que realmente se preocupam com a relação com seus cidadãos via internet – Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Canadá são exceções.
Fazemos agora parte deste time.
Dizer que estamos dando um passo significativo com a criação de padrões para a web é pouco. Para a nossa relação com os governantes, é muito mais que isso, pois, a partir daí, tudo pode mudar. Para o mercado brasileiro de Comunicação Digital, é um avanço que não imaginávamos que seria feito tão cedo. Para os profissionais, é um norte, concordemos ou discordemos com as sugestões – mas é um norte.
Desta forma, conto com vocês na divulgação da Cartilha!
Muito obrigado!
Bruno Rodrigues
: Consultor de Informação e Comunicação Digital ::
: Autor de 'Webwriting - Redação & Informação para a Web' [nova edição em breve] ::
: Instrutor de Webwriting e Arquitetura da Informação no Brasil e exterior ::
[ bruno-rodrigues.blog.br ]
[ www.twitter.com/brunorodrigues ]
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* Alê Barreto tem 38 anos. É administrador, produtor cultural independente, palestrante e gestor de conteúdo também dos blogs Alê Barreto, onde divulga seu processo de trabalho, e Encantadoras Mulheres, um blog que tem por objetivo reciclar valores machistas.
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