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Por Alê Barreto*
E por falar em consumo cultural, as compras coletivas já estão alterando as cadeias produtivas do entretenimento. Se antes o público era apenas espectador, agora também começa a atuar na produção de shows.
Vejam que mobilização interessante. 60 cariocas estavam a fim de assistir o show do Miike Snow. Ele queria tocar no RJ. Mas o show não era confirmado porque era arriscado alguém assumir o risco de ter que pagar um cachê de US$ 8 mil, 12 passagens RJ-SP, R$ 2.980 de hospedagem, alimentação e transporte, algo em torno de R$ 20 mil.
Os 60 cariocas procuraram a produção do Circo Voador e fizeram uma proposta: pagarem os custos da banda, a produção do Circo bancar os custos da casa (equipamentos, funcionários, limpeza, etc.) e dividirem a receita dos ingressos depois de recolher 5% da bilheteria para o ECAD.
Deu certo? Sim! E eles já estão trabalhado para trazer outra banda!
Veja todo o processo de mobilização do público.
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* Alê Barreto é administrador, produtor cultural e autor do livro Aprenda a Organizar um Show, primeira publicação disponibilizada de forma livre e gratuita no Brasil sobre a tecnologia de produção de shows. Trabalha novos conceitos e oferece serviços diferenciados para empresas, produtores, grupos culturais e artistas. Divulga reflexões sobre seu processo de trabalho no blog Alê Barreto e valoriza encantadoras mulheres.
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