sexta-feira, maio 29, 2009

Experiências e alternativas para a produção cultural em áreas de conflitos


Divulgação Itaú Cultural


Por Alê Barreto (alebarreto@produtorindependente.com)


Recebi ontem um e-mail do Luiz Pedreira Jr. com o material de divulgação do Antídoto, um projeto muito bacana que conheci de perto em 2008, quando realizei a produção executiva do espetáculo "Machado a 3x4" do Grupo Nós do Morro no Itaú Cultural.

Recomendo esta programação para todos que estiverem ou puderem se deslocar para São Paulo. Ter contato com um projeto como o Antídoto amplia a formação de um produtor cultural independente.

Itaú Cultural convida: abertura do evento ANTÍDOTO - Ações Culturais em Zonas de Conflito, dia 04, quinta-feira, às 20h

A quarta edição do Antídoto - Ações Culturais em Zonas de Conflito - uma parceria do Grupo Cultural AfroReggae e o Itaú Cultural - reúne líderes sociais, educadores, jornalistas, escritores e artistas para apresentações de shows musicais, espetáculos de teatro, lançamento de documentários e um ciclo debates com representantes do Afeganistão, Canadá, Líbano, Nigéria, Sudão, além do Brasil.

Período: de 04 a 28 de junho

Local: Itaú Cultural - Avenida Paulista, 149 - São Paulo SP
entrada franca - ingressos distribuídos 30 minutos antes do início de cada atividade

Programação [resumida em tela ou completa no site http://www.itaucultural.org.br/]


Sobre o Projeto ANTÍDOTO

A proposta do projeto ANTÍDOTO é promover debates, refletir, compartilhar experiências e alternativas para a produção cultural em áreas de conflitos sociais, religiosos, étnicos, raciais e suas consequências na transformação da vida das comunidades, das pessoas e grupos sociais que as habitam.

Arnaldo Antunes, Jards Macalé, AfroReggae, Lirinha (do grupo musical Cordel do Fogo Encantado), o escritor Ferréz, líderes sociais das comunidades Alagados, Salvador (BA); Vigário Geral (RJ); Paraisópolis, bairro da zona sul (SP); grupo Pombas Urbanas do bairro Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo (SP), entre outros, se juntarão aos convidados estrangeiros para se apresentarem no Itaú Cultural. Confira a programação.


Programação

Semana de abertura do evento [de 04 a 07 de junho]: cinema e teatro


dia 04 de junho, quinta-feira, às 20h

Lançamento do documentário Ferréz - Literatura e Resistência.
após a projeção (54 minutos), debate com o autor (247 lugares) - ingressos distribuídos na Recepção 30 minutos antes do início da atividade.

Sobre o documentário
Realizado pela 1DASUL http://www.1dasul.com.br/ (os mesmos produtores de 100% Favela) apresenta a vida do escritor Ferréz, um dos criadores da nova literatura marginal. O DVD de 54 minutos acompanha as suas palestras, intervenções e passagens por palcos e projetos, em comunidades no Brasil e na Itália, França, Alemanha, Portugal e Espanha, sempre com foco na literatura. O documentário também traz depoimentos de amigos e parentes e participações como a de Chico César, Preto Ghóez, Lourenço Mutarelli, Lobão e Eduardo (Facção Central), além de extras com o processo criativo do autor e os videoclips, "Periferia Lado Bom" e "Judas", ambas faixas compostas e cantadas pelo próprio Ferréz.

O autor: Ferréz é autor dos livros Capão Redondo; Amanhecer Esmeralda; Manual Prático do Ódio; e Ninguém é Inocente em São Paulo (todas editadas pela Ed Objetiva) com mais de 100 mil cópias vendidas. Seus livros foram publicados em Fraça, Itália, Espanha, Portugal, entre outros países. Saiba mais sobre o Ferréz acessando http://www.ferrez.blogspot.com/

[instituto itaú cultural - av paulista, 149 - são paulo sp - entrada franca - ingressos distribuídos meia hora antes do início]


dia 05 sexta-feira, 20h
Lançamento do Documentário "Selva de Pedra – Fortaleza Noiada"
Direção do Preto Zezé / CUFA – Ceará. Debate com o autor após a projeção.

O autor

Francisco José Pereira, o Preto Zezé, além de produtor cultural e educador, é coordenador-geral da Central Única das Favelas de Fortaleza (CUFA) e membro do Conselho Nacional de Juventude.

sobre o documentário
É um vertiginoso mergulho na cena do crack na capital do Ceará e todas as suas implicações sociais. A obra contextualiza históricamente o seu uso em Fortaleza, traça um paralelo entre o movimento da cidade antes do seu surgimento e depois, e analisa o processo de drogadicção dos jovens. O resultado é um mapeamento da estrutura do mercado, as pessoas que dele participam, seu funcionamento, organização, códigos e leis internas, e uma análise apurada sobre a realidade que envolve esse complexo problema.


dia 06 sábado, 16h
Histórias Para Serem Contadas - espetáculo teatral do grupo Pombas Urbanas, texto de Osvaldo Dragun e direção de Hugo Villavicenzio
Espaço Arena no 2º Mezanino - Censura: 14 anos

O espetáculo de rua trata de assuntos comuns aos habitantes de São Paulo, particularmente, aos moradores do gigantesco bairro-dormitório Cidade Tiradentes, considerado o maior complexo habitacional da América Latina. São três histórias de pessoas que lutam pela sua sobrevivência. Uma delas, conta a de um homem que virou cachorro; a outra, fala do camelô que ganhava a vida no grito e morria de dor de dente; e a terceira narra o caso de Chiquinho da Silva que de tanto querer se dar bem, acabou sendo cúmplice "laranja" de um genocídio internacional.


dia 07, sábado, 17h
Apresentação do projeto Pombas Urbanas http://www.pombasurbanas.org.br/, com os integrantes do grupo. Censura Livre.
Sala Vermelha - Censura LivrePombas Urbanas

Neste ano, o grupo Pombas Urbanas completa 20 anos. A organização nasceu do projeto Semear Asas, do peruano radicado em São Paulo, Lino Rojas, fundador do grupo. Os integrantes do grupo - de São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo - conversarão com público sobre a sua trajetória e métodos em desenvolver pesquisas sobre a formação de ator, linguagem e dramaturgia. O grupo já criou e realizou 11 espetáculos encenados de formas diversas - em montagens na rua e no palco, dramas, tragicomédias, comédias, musicais, espetáculos infantis e adultos. É essa experiência em desenvolver ações para aproximar o Teatro de populações menos favorecidas da cidade que será objeto da apresentação do grupo Pombas Urbanas.


dia 07, sábado, 20h
Os Tronconenses - espetáculo teatral com o grupo Núcleo Teatral Filhos da Dita.
Sala Vernelha - Censura: 14 anos

Os Tronconenses, conta a história dos habitantes de Tronconé, uma cidadezinha imaginária, que poderia ser qualquer cidade brasileira. Na peça, crianças desta cidade brincam em um playground abandonado e representam situações vividas pelos adultos. O imaginário e o real se mesclam revelando um mundo em crise, onde loucura e lucidez muitas vezes se confundem. O espetáculo resgata o Coro, muito utilizado no Teatro Grego. Deles saem e para eles retornam os personagens.


SEMANA DA MÚSICA: de 11 (quinta) a 14 (domingo), sempre às 20h
SEMANA DO TEATRO: de 17 (quarta) a 21 (domingo), sempre às 20h
SEMANA DO SEMINÁRIO INTERNACIONAL: de 24 (quarta) a 26 (sexta)


DIAS 27 e 28 (sábado e domingo) - Atividades de encerramento.
dia 27, às 15h - apresentação do programa "Paraisópolis Escola do Povo", com o líder comunitário Gilson Rodriguez.
dia 27, às 20h - apresentação musical com o grupo "Barracão dos Sonhos" da comunidade de Paraisópolis.
dia 28, às 20h - apresentação musical com grupos da comunidade de Paraisópolis.

contato: luiz.pedreira@comunicacaodirigida.com.br | tel 11 8405-4664

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