domingo, abril 19, 2009

Uma história de produção cultural independente





Por Alê Barreto (alebarreto@produtorindependente.com)


Na semana que passou, após ter postado as minhas impressões sobre o curso de formação de agentes culturais da UFF, estava pesquisando que assunto iria colocar neste post. Hoje, enquanto fazia alguns esboços em casa, olhei para o lado do meu computador e avistei o DVD de um filme que há uma semana estava tentando ver e ainda não tinha conseguido.

Então, resolvi assisti-lo, pois ele não tinha ido parar na minha casa por acaso. Uns dias antes, um colega de trabalho, o Érico Tavares, chegou e me apresentou o filme, falando que tinha sido dirigido por uma professora da pós-graduação em gestão cultural que ele está fazendo na Estácio de Sá e que falava sobre os dramas vividos por quem faz produção.

Filmado em 2002 e lançado em 2005, o filme é completamente atual. Eu achei o filme sensacional, por várias razões. A principal delas é que ele apresenta de forma muito clara e com bom humor uma série de situações reais vividas por quem quer fazer o seu projeto cultural independente acontecer.


Trailer de Celeste e Estrela


Mesmo não tendo feito (ainda) produção executiva para cinema, eu me vi no filme o tempo inteiro. Me vi sonhando com as minhas realizações. Me vi preocupado em como arrumar grana para as coisas acontecerem. Me vi abatido em alguns momentos ao me deparar com alguns obstáculos para realizar os meus projetos. Me vi vibrando com cada conquista. Quando a Dira Paes mostrava a paixão que movia cada passo dela em busca de realizar o seu filme, eu vibrava com cada conquista! Quando o Fábio Nassar entrava em cena dizendo que havia conseguido resolver um problema de produção, eu quase enchia os olhos de lágrimas, lembrando da diversidade de estratégias que fui adotando para não parar com o que eu mais acredito.



Divulgação do filme "Celeste e Estrela"

Três coisas coisas muito legais me fizeram "entrar" no filme. A primeira dela foi a liberdade com que os roteiristas enfocaram um tema tão complexo como é viabilizar uma ação cultural no Brasil. Em geral, quando alguém fala do que é fazer produção cultural no Brasil, fala de forma muito restrita, como se a sua experiência fosse a única interpretação que existe. E o filme não faz isso. Ele conta uma história. A segunda coisa interessante é o coletivo. Não sou um crítico de cinema, mas o filme me passa a impressão que ele foi realizado com muito envolvimento coletivo, o mesmo envolvimento que é necessário para se concretizar uma ação cultural independente. Por fim, a terceira coisa interessante foi mostrar o amor e o bom humor como pontos de apoio importantes para que uma idéia vire realidade.

Fiquei muito curioso para tomar um cafezinho com os roteiristas (Betse de Paula, Júlia de Abreu e Roberto Torero) e agradecer pela realização de um filme muito bacana e ao mesmo tempo super didático para quem está começando a fazer produção cultural independente. E também saber mais sobre os pontos de partida que inspiraram esta interessante história.

Um comentário:

Coluna VIP Rock disse...

Simplismente adorei esse blog soh q nao da pra ser seguidor;??

rs
muito sucesso paz tabem

ve o meu se puder

http://rockcaicara.blogspot.com

Rangel