Trailer do filme "Wag the Dog" (Mera coincidência)
Por Alê Barreto*
alebarreto@gmail.com
Se
tem um assunto que os produtores culturais podem atuar é na questão
da alfabetização para as mídias. No meio urbano, onde mora a maior
parte da população, o tempo todo recebemos estímulos: celular, tv,
rádio, outdoors, jornais, revistas. Você tem certeza que está
entendendo as mensagens que estão chegando até você?
Realizar
projetos de educação para as mídias contribui muito para que as
pessoas entendam como são formados os consensos, os sensos comuns,
os clichês, os estereótipos, as opiniões de massa, os gostos e até
os valores. Isso empodera as pessoas. Faz com que elas percebam que
podem ser mídia também.
Três
sugestões para ações em projetos culturais:
-
trabalhar
o
analfabetismo
visual
(habilidade
para
interpretar
o
simbolismo
das
imagens
visuais
estáticas
ou
em
movimento
e
entender
seus
impactos
na
audiência);
-
trabalhar o analfabetismo midiático (habilidade para entender como
os meios de comunicação de massa, como TV, cinema, rádio e
jornais trabalham na produção de significações e como estão
organizados);
-
trabalhar a leitura crítica da mídia (habilidade para entender como
apresentadores, escritores e produtores de textos e conteúdos
audiovisuais integram contextos particulares e são influenciados por
aspectos pessoais, sociais e culturais).
Esta sugestão de ação foi elaborada a
partir
do
texto
"Alfabetização para as mídias: como ler o que não está escrito", revista
Mídia
Com
Democracia,
nº
1,
janeiro
de
2006.
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* Alê Barreto é formado em Administração com Ênfase em Marketing pela Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Suas competências profissionais vem sendo construídas através da experiência com artistas independentes, coletivos de arte (Coletivo Tarrafa e Bataclã FC), movimentos sociais (Software Livre, Fórum Social Mundial), eventos (Opus Promoções), shows nacionais (Acústico MTV Bandas Gaúchas), shows internacionais (Avril Lavigne, Steel Pulse), festivais (Claro que é Rock, "IBest Rock", Live n´ Louder), grupos culturais (Nós do Morro, Instituto Ensaio Aberto), espetáculos de teatro (Os Dois Cavalheiros de Verona, Machado a 3x4 e Missa dos Quilombos), projetos sociais (Sistematização de Experiências de prevenção à violência contra jovens de espaços populares, Rebelião Cultural, Nós do Morro 20 Anos), redes (Rede Acreana de Cultura, Redes e Agentes Culturais das Favelas Cariocas), atividades formativas (Aprenda a Organizar um Show, Aprenda a Produzir um Artista, aula na SP Escola de Teatro, Presença Digital Saudável, Programa Produtor Cultural Independente, Semana de Gestão e Políticas Culturais), espaços de discussão e reflexão (Música e Ação, Observatório Criativo), OSCIP (Observatório de Favelas) e gestão de carreiras artísticas (foi empresário da banda banda Pata de Elefante em 2007 e um dos produtores executivos do disco "Um olho no fósforo, outro na fagulha", um dos melhores discos de 2008, segundo a revista Rolling Stone Brasil).
Escreve com frequência no blog Produtor Cultural Independente, canal de disseminação de informações (saiba mais), é autor do livro "Aprenda a Organizar um Show", colunista da revista Fazer e Vender Cultura e possui diversos textos recomendados na página de cultura e entretenimento do SEBRAE e em trabalhos de graduação e pós-graduação.
Desde de 2010 é aluno do Programa de Estudos Culturais e Sociais da Universidade Cândido Mendes, onde cursa a pós-graduação MBA em Gestão Cultural.
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Alê Barreto é cliente do Itaú.
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