quarta-feira, junho 15, 2011
Pacote de serviços inteligente oferece benefícios mútuos
Por Alê Barreto*
alebarreto@gmail.com
Existem algumas práticas profissionais que precisam ser melhor organizadas no setor cultural brasileiro. Uma delas é a noção de "pacote de serviços".
O pacote de serviços se tornou uma verdadeira febre entre os contratantes de profissionais freelancers, autônomos, prestadores de serviços e pequenos empreendedores. Dois fatores contribuem para isso: busca de praticidade e redução de custos por parte dos contratantes e a dificuldade de apresentação e negociação de propostas de serviço por parte dos contratados.
Praticidade e redução de custos
Se uma pessoa tem um projeto, ao invés de ter que administrar quatro, cinco ou mais profissionais, procura escolher um prestador de serviços que faça todos.
Esta prática aumenta o poder de barganha do contratante, que argumenta:
"vou contratar você para vários serviços por vários meses".
E isso é verdade. Melhor que fazer um serviço aqui e outro acolá é ter uma previsão de vários meses de trabalho com a certeza de pagamento certo.
Tem contratante que esta utilidade lhe confere total poder sobre a barganha com os fornecedores e acredita que é a "fórmula mágica" para organizar sua produção executiva. Acredita até que este formato do pacote de serviços não tem riscos. Mas tem risco.
Um deles é o seguinte: quando se contrata alguém que "faz tudo", se esta pessoa interromper os serviços, seja pelo motivo que for, o contratante terá uma drástica interrupção na execução de seu projeto. Além de atrasar o seu cronograma de trabalho, poderá ter prejuízos maiores, se o tempo de espera para retomada do serviço for muito longo.
Dificuldade de apresentação e negociação de propostas de serviço
Esteja atento para propostas do tipo "estou pagando R$ 5.000,00 para você fazer tudo". Sempre especifique em detalhes "o que faz parte" e "o que não faz parte" deste tudo. Muitas vezes a relação custo/benefício de "fazer tudo" não contribui para o seu desenvolvimento profissional.
Para mim, o bom pacote de serviços não é o pacote que oferece maior quantidade de serviços ou maior montante de dinheiro.
O bom pacote de serviços é o que oferece maior valor e opções de benefícios mútuos. A era do serviços de baixa qualidade e da exploração dos profissionais de arte, comunicação, cultura e entretenimento está com os dias contados.
Olhe a placa acima. Parcerias e negócios tem que ser "mão dupla".
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* Alê Barreto é um administrador e produtor cultural independente. Trabalha com foco na organização e qualificação dos profissionais de arte, comunicação, cultura e entretenimento. É autor do livro Aprenda a Organizar um Show, primeira publicação livre e gratuita no Brasil sobre a tecnologia de produção de shows, escreve para o site Overmundo e para a revista Fazer e Vender Cultura.
Ministra cursos, oficinas, workshops e palestras. Já atuou em capacitação de grupos culturais em parceria com o SEBRAE AC. Presta consultoria e assessoria para artistas, empresas e produtores.
Contato: (21) 7627-0690 Rio de Janeiro - RJ - Brasil
Alê Barreto é cliente do Itaú.
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