sexta-feira, setembro 24, 2010

Segundo dia do "Seminário Internacional Políticas Culturais: teorias e práxis" na Fundação Casa de Rui Barbosa no Rio de Janeiro




Por Alê Barreto*


Ontem foi o segundo dia do Seminário Internacional Políticas Culturais: teorias e práxis da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB). Auditório lotado.

Desta vez, cheguei um pouco antes do início. Enquanto aguardava o início, conheci a produtora e professora de produção cultural Renata Silencio e me reencontrei com a minha nova amiga Marina Mara, artista de Brasília.

Durante a manhã, uma boa novidade do seminário. A programação cresceu. Havia duas salas com atividades simultâneas. Como tinha que escolher, optei por assistir a programação do auditório.

A primeira conferência foi "Manobras de distensão: vestígios da atuação de grupos e da oficina nacional de dança contemporânea na organização político-cultural da dança no Brasil". Maria Sofia Villas-Bôas Guimarães apresentou uma contextualização histórica da dança cênica no Brasil. Em sua fala ressaltou que no passado a Dança esteve subordinada às Artes Cênicas e que o setor fez um importante movimento de procurar se entender enquanto área. Hoje existe a Câmara Setorial da Dança.

A segunda conferência foi "Lacunas nas ações do Governo Federal para a música no Brasil de 1996 a 2000". O tema foi apresentado por Luís Carlos Vasconcelos Furtado, músico e professor da UFG. Achei interessante que duas lacunas apontadas como falhas do governo federal no período da pesquisa, são distorções que ocorrem pela falta de conhecimento em gestão cultural:

- grande disparidade entre os projetos eventuais e os programas contínuos (necessidade de se constituir e fortalecer programas duradouros e bem estruturados para a área musical);
- grande disparidade entre os valores aplicados em projetos eventuais e em programas contínuos (e a não realização de inúmeros sonhos musicais).

A terceiro conferência foi "Entender o passado, planejar o futuro: a gestão institucional da Funarte", onde Marcelo Gruman apresentou dados sobre o Prêmio Klauss Vianna.

A quarta conferência foi "Avaliação da área de formação em organização da cultura: apenas ações ou uma política estruturada?" apresentada pelo Leonardo Costa, doutorando da UFBA, e que também foi escrito por Ugo Mello e Viviane Fontes. Baixe o artigo. Leonardo Costa fez o prefácio do meu livro "Aprenda a Organizar um Show".

Não vou comentar todas as conferências, pois como falei, a programação era extensa e não foi possível assistir tudo.

Para quem não compareceu, outra excelente novidade do seminário: você pode baixar os artigos do seminário e também conhecer as atividades do Setor de Estudos de Política Cultural da Fundação Casa de Rui Barbosa no endereço

http://culturadigital.br/politicaculturalcasaderuibarbosa


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* Alê Barreto é administrador, produtor cultural e autor do livro Aprenda a Organizar um Show, primeira publicação disponibilizada de forma livre e gratuita no Brasil sobre a tecnologia de produção de shows. Trabalha novos conceitos e oferece serviços diferenciados para empresas, produtores, grupos culturais e artistas. Divulga reflexões sobre seu processo de trabalho no blog Alê Barreto e valoriza encantadoras mulheres.

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