domingo, outubro 12, 2008

USP mapeia práticas de cultura livre em São Paulo



Conteúdo extraído do site Democratização Cultural


Uma pesquisa realizada pela USP – Universidade de São Paulo busca mapear as práticas de cultura livre na capital paulista e descobrir quem são os grupos e indivíduos que realizam atividades criativas que se encaixam no conceito de cultura livre. A pesquisa pretende apurar, também, qual é o entendimento de cultura livre dos grupos, assim como os tipos de licença que utilizam.

A pesquisadora Jhessica Reia, responsável pelo trabalho, disponibiliza um questionário on-line, que pode ser respondido por qualquer ator cultural da cidade, até o dia 30 de outubro de 2008, no site www.gpopai.usp.br/pesquisacl.

O termo cultura livre, que pauta a pesquisa, foi sugerido inicialmente por Lawrence Lessig, no livro de mesmo nome, lançado nos Estados Unidos em 2004 (no Brasil foi lançado em 2005, pela Trama). Lessig se refere às práticas culturais cujas obras são disponibilizadas por licenças alternativas que permitem a livre reprodução e distribuição, podendo restringir o uso comercial e a criação de trabalhos derivados. Para o livro, o autor buscou inspiração no movimento do software livre, criado na década de 80 por Richard Stallman para permitir a livre execução, reprodução e modificação de programas de computador.

No caso do livro de Lessig, os princípios do software livre foram transpostos para outras práticas culturais com a criação da Creative Commons, uma ONG que oferece ao público um conjunto de licenças de direito autoral que permite que os criadores autorizem o livre uso e reprodução das suas obras. A pesquisa desenvolvida na USP quer aferir os efeitos do software livre, do Creative Commons e de outras iniciativas semelhantes na cultura paulistana.

Até o momento, a pesquisa já identificou mais de 200 manifestações que se aproximam do conceito de cultura livre, de grupos de programadores, artistas plásticos, músicos e escritores. O mapeamento da comunidade de cultura livre da cidade será disponibilizado na internet para democratizar o acesso aos resultados.

Fonte: Assessoria de Comunicação da USP

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