domingo, janeiro 10, 2010

Ser independente: um estilo de vida, uma escolha profissional




Alê Barreto (produtor cultural independente)
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Aproveitei o tempo bom e fui para a praia. Lá no Posto 09, em Ipanema, comecei a ler a matéria de capa da revista Vida Simples de janeiro cujo título é "seja independente". Estava curioso para saber qual era o conceito defendido. Digo isso porque "ser independente" virou moda no Brasil. Um jovem começa a tocar e já sai dizendo que é um "músico independente". A pessoa se filia a alguma associação que utiliza o termo "independente" em sua denominação e a partir dali entende que tornou-se "independente".

Eu somente assumi publicamente a escolha de trabalhar como um produtor independente no fim do quarto ano da minha carreira, em 2006. Conforme descrito na reportagem, tenho aprendido na prática que quando se fala em "independente" se fala em coragem de arriscar, em buscar estabelecer pontos de apoio com a ajuda de quem pensa igual, utilizar a criatividade para ultrapassar obstáculos, em ser empreendedor, em dar a volta por cima quando algo dá errado, em enfrentar o medo de errar, fracassar, perder ou se prejudicar. Quem é profissional liberal, que trabalha por conta própria, assim como eu, ou como assessores de imprensa, fotógrafos, vendedores, empresários, etc., também aprende estas lições.

Então, "ser independente" nada tem haver com ter ou não ter gravadora, com ter pouco ou muito recurso financeiro, com divulgar o seu trabalho numa grande rede de comunicação ou numa rádio comunitária, oferecer produtos culturais para muita gente ou para um público segmentado.

Uma das chaves para se entender o que é "ser independente" é perceber que antes de ser uma escolha profissional, trata-se de um estilo de vida. Quem sente prazer em caminhar com os próprios pés, cedo ou tarde descobre que é independente.



Leia a matéria na íntegra e entenda um pouco mais sobre o que é ser independente.

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