terça-feira, dezembro 22, 2009
Um produtor cultural independente pode aprender a ampliar a sua visão
Desenhos de Oscar Niemeyer exibidos no filme "A Vida é um Sopro"
Alê Barreto (produtor cultural independente)
É comum nesta época do ano as pessoas julgarem o ano: foi ruim ou foi bom. Os que julgam que foi ruim, em geral, gastam ainda mais tempo e energia na "nostalgia da desgraça": o ano foi ruim porque roubaram o meu carro, porque cancelaram muitos patrocínios para a área cultural, etc. Os que julgam que o ano foi bom, em geral, só comemoram, não se detém a avaliar muito o ciclo de tempo que está terminando.
Lembro que uma vez eu estava em frente a minha terapeuta e quando falei como havia sido o meu ano, ela disse: "você está operando pela falta. Está enfatizando o que faltou. Tente ver a sua trajetória pelo que você conseguiu construir".
É fácil a gente ver o que deu errado. Leva tempo para aprender a perceber a construção. Mas eu prefiro a segunda alternativa.
Então proponho que a gente se movimente, saia das posições "o ano foi ruim" ou "o ano foi bom".
Tarefa de casa para os próximos dias: visualizar os avanços, as mudanças das nossas percepções, como encontramos alternativas para superar os obstáculos e o que conseguimos realizar. Faça este mesmo exercício em relação aos movimentos que você fez buscando atuar como um produtor cultural independente.
Para ajudar no exercício, deixo com vocês o trailer do documentário "A Vida é um Sopro", onde Oscar Niemeyer dá uma grande lição de vida.
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