sexta-feira, maio 23, 2008

Redes de Cultura e Culturas de Resistência

Trechos do artigo do Professor Carlos R. S. Milani, cientista político e professor da UFBA, originalmente publicado no site da Escola de Administração da UFBA, que trata da importância da sistematização das práticas sociais relacionadas à promoção da cultura popular em Salvador


Diante dos inúmeros desafios que nos apresenta a globalização, o que podem fazer os movimentos sociais e os grupos organizados em redes em Salvador a fim de promover uma cultura de resistência? As respostas não devem vir exclusivamente da Universidade, mas podem ser trabalhadas, sobretudo, no âmbito dos próprios movimentos. Cabe à Universidade, penso, colaborar nesse processo, com interrogações, pesquisa realizadas em parceria e com metodologias inovadoras. Portanto, concluímos este texto com uma sugestão: que os grupos e as redes de cultura trabalhem, por exemplo, na sistematização crítica de suas práticas.

Sabemos que muitos são os motivos que podem ser enumerados para explicar por que redes de cultura encontram, freqüentemente, dificuldades no seu planejamento e na vida quotidiana: a escassez de recursos (de financiamento, mas igualmente em pessoas), a necessidade de cumprir com os prazos das agências financiadoras para obter projetos, a falta de uma formação contínua de seus gestores, a prioridade que deve ser dada às urgências de curto prazo, a distância que pode existir entre a Universidade e estes grupos sociais. É claro que tais fatores variam de acordo com o contexto de cada cidade, de cada bairro.

A sistematização pode ser uma resposta a tais dificultadas. Sistematizar é construir a memória de uma experiência, divulgar saberes relacionados a práticas culturais (lições e ensinamentos), estimular o intercâmbio e a confrontação de idéias, bem como contribuir a reconstituir visões integradas dos processos de intervenção social. Ou seja, sistematizar é contar o que uma rede de cultura faz na sua prática a fim de ajudá-la a aprender com seus próprios processos e poder, então, melhor negociar com os diversos setores envolvidos na promoção da cultura na Bahia e em Salvador.

Leia o artígo na íntegra



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