quarta-feira, dezembro 12, 2012

Cultura e informação para transformar a violência



Por Alê Barreto
alebarreto@gmail.com


Hoje foi um dia iluminado. Comecei fazendo a conexão Vidigal/Central do Brasil. De lá parti para Bonsucesso. De Bonsucesso, fui para o Greip da Penha (Grêmio Recreativo dos Industriários da Penha).

Lá, minha colega do projeto Rio em Rede, a produtora Monique Volquer, articulou uma rede de pessoas, organizações e instituições, para que o lançamento do projeto fosse o melhor possível. Lá estava também a produtora Carolina Meirelles, que cuidadosamente articulou o início das sessões do Cine Tela Brasil na Cidade de Deus.

Fortalecendo a rede de profissionais do Observatório de Favelas, estavam Caio Gonçalves Dias, coordenador executivo do projeto, Jorge Barbosa, diretor do Observatório de Favelas, Raika da comunicação do Observatório de Favelas e o produtor Gilberto Vieira, também da equipe do projeto.

Todos estes colegas, parceiros, companheiros de trabalho, me ensinam muito. A todos eles, meu agradecimento por fazer parte desta equipe.

Mas o dia foi também momento de novos encontros. Conheci Lírio Cipriani, diretor executivo do Instituto Avon, Cida Medeiros, coordenadora de responsabilidade social corporativa da Avon, a equipe do Instituto Avon e a Daniela Pinto, oficial do programa Onu Mulheres (entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres).

Transcrevo abaixo uma matéria que saiu hoje no site do Instituto Avon sobre o projeto Rio em Rede. Tem um edital muito bacana.


Cultura e informação para transformar a violência

O Instituto Avon e o Observatório de Favelas lançaram hoje, no Complexo da Penha, o projeto Rio em Rede, que, ao longo de seis meses, levará sessões de cinema, oficinas de sensibilização, shows e apresentações culturais aos 300 mil moradores de cinco comunidades do Rio de Janeiro: Cidade de Deus, Rocinha, Complexo da Penha, Maré e Jardim Gramacho (em Duque de Caxias). As atividades têm como foco o enfrentamento à violência doméstica por meio de atividades culturais e educativas.

O projeto, que envolveu investimentos da ordem de R$ 1,5 milhão – R$ 890 mil vindos do Instituto Avon e R$ 680 mil da Avon – se estenderá de dezembro de 2012 a junho de 2013. Ele também inclui o lançamento do edital do Fundo Fale sem Medo, que selecionará projetos comunitários voltados para a causa para receber apoios financeiros no valor de até R$ 30 mil.

“Nosso principal papel é o de articulador, reunindo parceiros com potencial para alavancar o fortalecimento de valores relacionados à cidadania e ao respeito, que é o próprio espírito da campanha Fale sem Medo – Não à violência doméstica, coordenada pelo Instituto Avon desde 2008”, disse Lírio Cipriani, diretor executivo do Instituto.

A programação cultural do projeto Rio em Rede começa com sessões gratuitas de cinema do Cine Tela Brasil, no Complexo da Penha, em um espaço itinerante que oferece conforto e qualidade de exibição para o público da comunidade. Serão 124 sessões no total. “Acreditamos que a arte tem um papel fundamental na transformação social. Para nós, estarmos junto com a Avon numa ação focada nas favelas cariocas é muito importante. E mais importante ainda porque estamos fazendo parte de um trabalho em rede, que articula diferentes atores sociais e que vê a arte como instrumento para sensibilizar e enfrentar problemas que fazem parte do cotidiano de inúmeras comunidades”, avaliou Marcos Barreto, coordenador do Cine Tela Brasil.





O cinema itinerante tem 225 lugares 



Convivência pacífica

A coordenadora de responsabilidade social corporativa da Avon, Cida Medeiros, que há dois anos vem desenhando o conceito do projeto e amarrando as parcerias mais adequadas ao perfil do Rio em Rede, explica: “Nosso objetivo, com esse conjunto de ações, é trabalhar os principais vetores da violência doméstica, ressignificando-os para valores geradores de uma convivência pacífica”.

A agenda de programações, ao longo dos seis meses do projeto, incluirá ainda quatro shows do grupo O Teatro Mágico, financiamento de 20 bolsas de R$ 400 reais mensais (por seis meses) para os artistas inscritos no projeto Solos Culturais, na Favela da Maré, selecionados para execução de intervenção cultural. A atividade visa a intensificação da participação das cinco comunidades do Rio em Rede na programação da Arena Dicró, que promoverá apresentações semanais de artistas locais na comunidade da Penha.

O projeto prevê também uma pesquisa sobre as conexões possíveis entre o campo da cultura e o da prevenção à violência, realizada pelo Observatório de Favelas, com o objetivo de subsidiar políticas públicas sobre o tema. “Criar outras compreensões sobre violência e cultura, e, ao mesmo tempo, inventar novas metodologias para ações preventivas” é o objetivo assinalado por Caio Gonçalves, coordenador executivo da área cultural do Observatório de Favelas. “Esse processo não é possível sem uma participação efetiva da população dos territórios populares, dando margem para sua capacidade latente de refletir e criticar situações de violência que perpassam seus cotidianos”.

Paralelamente às atividades culturais, o Rio em Rede apoiará projetos que desenvolvam iniciativas focadas na diminuição da violência contra as mulheres em comunidades da região metropolitana do Rio de Janeiro. Para isso foi criado o Fundo Fale sem Medo – uma parceria entre o Instituto Avon, a ONU Mulheres e o Fundo Elas (RJ) –, no valor de R$ 300 mil, que será direcionado a pelo menos 10 projetos. O edital está publicado nos sites do Fundo Elas (www.fundosocialelas.org.br) e no do Instituto Avon (www.institutoavon.org.br). As propostas serão aceitas até 31 de janeiro de 2013.



Fonte: Instituto Avon



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Alexandre Barreto é um profissional multicarreira. É administrador com ênfase em marketing e produtor, graduado pela Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Trabalhou em grandes empresas, de diferentes segmentos.

Mora na cidade do Rio de Janeiro. É aluno do Programa de Estudos Culturais e Sociais da Universidade Cândido Mendes (RJ), onde cursa a pós-graduação MBA em Gestão Cultural



Ministra aulas sobre produção e gestão cultural em projetos do Itaú Cultural e é um dos articuladores do projeto Solos Culturais, desenvolvido pelo Observatório de Favelas em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura do Rio de Janeiro, com patrocínio da Petrobras.

(21) 7627-0690 alebarreto@gmail.com

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