O músico Cícero Barreto fazendo um som para a tia Débora que assiste empolgada em San Diego (EUA) via skype
Por Alê Barreto*
Este jovem simpático que aparece tocando um som aí no vídeo é o meu professor, amigo e sobrinho Cícero. Hoje ele está fazendo 18 anos.
Cícero é um grande companheiro. Sempre levou fé em mim. Sabe o esforço que faço para realizar as coisas em que eu acredito. Para ele, o "tio Lelê", como carinhosamente me chamava na infância, é um herói. Há poucos dias ele falou que quando tiver a minha idade, quer ser que nem eu.
Assim como os meus amigos e outros parentes, ele se preocupa comigo. Sabe que eu tive um ano financeiramente difícil e que neste momento estou buscando trabalho no Rio de Janeiro, onde estou morando. Entendo ele. As incertezas assustam todo mundo.
Como tio, fiquei preocupado dele estar preocupado comigo. Não queria que dificuldades financeiras estragassem o clima da chegada dos 18 anos dele. Também não queria que ele achasse que eu buscar trabalho diferente do que venho fazendo significa que estou renunciando algo que acredito e que construí. Eu escolhi estudar a administração e gosto disso. Utilizei ela para produção cultural, pois existe muita aplicação de conhecimentos. Daí ontem, no início da tarde, me deu um estalo. Falei para ele: "tchê, li recentemente uma reportagem em que o Arnaldo Jabor fala que precisou parar com o cinema para ser jornalista. Ele tinha que sustentar suas filhas. Eu não vou deixar de gostar de arte, de cultura. Mas se as oportunidades de trabalho nesta área estão escassas, não posso ficar esperando, pois as necessidades do dia a dia não esperam. Eu sou um administrador, um empreendedor, já trabalhei em empresas, em multinacionais, gerenciei meu próprio negócio, trabalhei em espetáculos. Muitas pessoas estão procurando pessoas qualificadas. O importante é a gente fazer movimentos em busca de soluções e de oportunidades".
Depois disso, convidei ele para caminhar pelo centro de Porto Alegre. Íamos conversando e de vez em quando ele gravava nossas conversas.
Seja proativo
No final, Cícero ficou super animado e quando a gente se deu por conta, já estávamos produzindo vídeos!
Neste post de hoje, compartilho o que aprendi com o Cícero: fortaleça quem acredita em você. Foi o que fizemos. Passamos o último dia da vida dele de menor de idade rindo, conversando e falando do que acreditamos.
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* Alê Barreto é um administrador que gosta de arte, comunicação, cultura e entretenimento. Compartilha conhecimentos e suas experiências. Gosta de planejar e de meter a mão na massa. É também autor do livro Aprenda a Organizar um Show, primeira publicação livre e gratuita no Brasil sobre a tecnologia de produção de shows.
Trabalha sua presença digital saudável nos blogs Alê Barreto, "Aprenda a Organizar um Show" e Encantadoras Mulheres.
Recomenda a todos que conheçam a Associação Brasileira de Gestão Cultural e o SEBRAE.
21-7627-0690 (Rio de Janeiro)
alebarreto@gmail.com
2 comentários:
E aí Alê! Acompanho o teu blog há algum tempo, estou me formando em administração agora e como sempre estive envolvido com atividades artísticas, como o teatro,tenho uma baita vontade de voltar a minha carreira para a área cultural.Mas essa vontade vem acompanhada de grande apreensão por saber que é uma caminhada um tanto áspera em termos de sustentabilidade, retorno financeiro...tu que já é experiente encontra dificuldades então imagina para quem começa. Mesmo assim eu pretendo arriscar!Teu blog me dá uma visão muito boa! Tu é um exemplo de profissional organizado e q busca crescimento constante, que é fundamental p/ qualquer área.a Abraço!!
E aí Vitor!
Que bacana o teu depoimento, tchê!
Fazer um movimento na direção de algo que você acredita, tomar esta decisão e ir adiante, por si só, traz muito desenvolvimento.
Procuro aqui no blog falar disso. A ideia não é assustar ninguém. A ideia é mostrar que todo o novo caminho traz incertezas. O que deu certo para mim, pode não dar para você. Algo que deu errado para mim, poderá dar certo para você.
Em produção, aprendemos que as coisas não podem ser rígidas demais. Numa carreira profissional, a mesma coisa. Nada é irreversível. É sempre possível recomeçar.
Se dispor a tentar encontrar ou construir o seu próprio caminho poderá ser muito saudável para sua vida.
Um abraço!
Alê Barreto
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